Se mantendo de pá nas adversidades.
De uma forma ou de outra todos somos equilibristas.
Nos mantemos em pé buscando verdades.
Numa estreita corda, sempre por um fio.
Somos desajeitados que passam horas em cima da corda.
Uma pilha de pratos numa bandeja velha.
Pilha equilibrada habilmente por uma mulher um dia sorridente.
Palavras na ponta de um lápis sempre apostos para serem riscadas ou apagadas, se contorcendo na mão de um louco poeta.
Na verdade dolorida da vida todos somos artistas.
Uns são equilibristas, outros palhaços, outros tantos mágicos, con-tor-cio-nis-tas.
Sendo assim, vivemos num confuso circo no qual a única recompensa é ainda ter forças para acordar no outro dia e fazer tudo de novo.